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Flexibilização da quarentena aumenta roubo de celulares

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A flexibilização da economia, com a reabertura progressiva das lojas em todo o Estado de São Paulo, a partir do mês de junho passado, fez crescer o número de pessoas nas ruas das cidades e, junto com isso, um indicador estatístico importante: o aumento nas ocorrências de roubos de aparelhos celulares.

É o que mostra um estudo realizado pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), que compilou e analisou boletins de ocorrência e dados da Secretaria de Segurança Pública, relativos ao primeiro semestre deste ano.

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O estudo apontou a ocorrência de 69.628 roubos de celulares em todo o Estado de São Paulo – 3.070 na região do Alto Tietê – embora os responsáveis pela pesquisa admitam que esses números possam ser ainda maiores, já que costuma haver subnotificação, ou seja, muita gente que tem o aparelho roubado simplesmente deixa de registrar boletim de ocorrência junto à Polícia. A pesquisa, que não inclui os casos de furtos, descarta ainda boletins de ocorrência incompletos ou com erros, por critério de aproximação para objetivos estatísticos.

O estudo da Fecap mostra também um dado interessante: uma redução brusca nos casos de roubos de aparelhos celulares durante os meses de abril e maio, fase mais aguda do isolamento social provocada pelo início da quarentena em razão da pandemia da Covid-19, que obrigou muita gente a ficar dentro de casa. Os números desse tipo de crime tiveram um significativo aumento a partir de junho, mês em que teve início a flexibilização da quarentena e da economia, que levou muita gente de volta ao trabalho e muitos consumidores às ruas e lojas das cidades paulistas.

“Notamos que com a reabertura gradual da economia, as taxas de roubos já se elevaram, mas os números ainda se encontram inferior ao do mesmo mês do ano passado”, opina o economista e pesquisador do Instituto de Finanças Fecap, Allan Carvalho.

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Ranking

O município de Itaquaquecetuba, com 1.061 registros, é o único da região do Alto Tietê apontado (em 8º lugar) entre as dez cidades com maiores taxas de roubos de celulares no Estado de São Paulo. Juntas, elas totalizaram 53.291 ocorrências, o equivalente da 76,54% do total de casos em todo o Estado.

São Paulo, a capital paulista, é a cidade com maior número de ocorrências de roubos de celulares, registrando 39.996 casos, ou 57,44% do total registrado em todo território paulista.

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Na sequência, aparecem Santo André (1.919 ocorrências), Guarulhos (1.897), Diadema (1.896), Campinas (1.681), São Bernardo do Campo (1.651), Osasco (1.511), Itaquá (1.061), Carapicuíba (853) e Praia Grande (826).

Os números do estudo da Fecap relativos à região do Alto Tietê, obtidos com exclusividade por O Diário, indicam a ocorrência de 3.250 roubos de aparelhos celulares nos dez municípios que integram o chamado extremo Leste da Grande São Paulo.

Depois de Itaquá e seus 1.061 casos, Suzano é o segundo município onde mais ocorreram roubos de telefones celulares nos primeiros seis meses deste ano, com 620, seguido por Ferraz de Vasconcelos (579), Mogi das Cruzes (378), Poá (322), Arujá (81), Guararema (9), Biritiba Mirim (8), Santa Isabel (7) e Salesópolis (5).

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Ocorrências reduziram no início da quarentena

O estudo realizado pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) mostrou que, de um modo geral, o número de roubos de celulares caiu fortemente nos primeiros seis meses deste ano, quando comparados às ocorrências de igual período do ano passado (2019).

Analisando a pesquisa, chega-se à conclusão de que o período mais agudo da pandemia em São Paulo, entre os meses de abril e maio, quando as pessoas permaneceram a maior parte do tempo dentro de casa, obedecendo à quarentena que foi estipulada pelo governo do Estado, com base em avaliações do setor de saúde pública, os percentuais de redução foram os mais elevados. A queda nesses dois meses chegou a atingir mais da metade das ocorrências registradas durante o ano passado.

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Em janeiro de 2020, o estudo apontou a ocorrência de 14.203 roubos em todo o Estado, 24% a menos que no mesmo mês de 2019. Em fevereiro, foram 14.043 roubos, 19% menos que em igual período do ano passado, enquanto em março, houve o registro de 12.028 roubos, 40% a menos que no mesmo mês do ano anterior.

Em abril, já durante a pandemia e o início do isolamento social, foram registrados 8.372 casos, 55% menos que no mesmo mês de 2019.

Em maio, o número de casos caiu ainda mais para 8.047, enquanto o percentual comparativo apontou 58% menos casos em relação ao idêntico período do ano anterior.

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Em junho, com o início da flexibilização da economia, houve uma explosão em relação ao mês anterior. Foram 12.935 roubos de celulares, ainda assim 32% menos que o mesmo mês de 2019.

No geral, o estudo constatou uma queda de 38% no número total de roubos no primeiro semestre de 2020, quando comparado com igual período de 2019.

Quando comparados os dados mensais em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda maior pode ser notada no mês de maio, quando atingiu -58% em relação ao mês de maio de 2019. Entretanto, em junho de 2020, os casos aumentaram em mais de 60%, se comparados ao mês anterior, ou seja, maio de 2020. 

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Criminosos agem mais durante à noite

A análise do estudo realizado pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) mostra que o comportamento dos criminosos na cidade de São Paulo e demais municípios da região metropolitana da Capital é semelhante ao do restante do Estado, no que se refere ao período em que costumam agir com mais frequência.

A maioria dos roubos de celulares acontece durante a noite (44%), seguido pelo período da tarde (23%), pela manhã (19%) e madrugada (14%). Em hora incerta, ocorreu menos de 1% dos casos.

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Entre os bairros da Capital com maior número de ocorrências, destaque para o bairro da zona sul, Grajaú, seguido por Capão Redondo, Itaim Paulista, República, Jardim Ângela, Campo Limpo, Itaquera Cidade Ademar, São Mateus e Bela Vista.

E aqui vão alguns dados que merecem ser melhor analisados pelos mogianos e moradores do Alto Tietê que visitam São Paulo com frequência, a trabalho ou a lazer.

O estudo da Fecap mostrou também quais são os pontos da Capital preferidos pelos assaltantes que roubam celulares. As estatísticas indicam, como o ponto mais perigoso a avenida Paulista, onde nos primeiros seis meses do ano foram registradas 215 ocorrências. Em seguida, aparecem: avenida Cruzeiro do Sul (167), avenida Sapopemba (160), avenida Ragueb Chohfi (160), avenida Brigadeiro Faria Lima (153), rua Augusta (136), avenida Marechal Tito (131) e avenida Ipiranga (127).

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