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‘Entrei em desespero’, diz mãe de menina soterrada em quarto e salva por vizinhos – Notícias

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'Entrei em desespero', diz mãe de menina soterrada em quarto e salva por vizinhos - Notícias


Rosimeire de Aguiar, de 36 anos, viveu um dos piores momentos de sua vida: assistiu ao desabamento da própria casa em cima de toda a família e viu uma das filhas ficar soterrada nos escombros durante as fortes chuvas que assolaram o litoral norte de São Paulo no fim de semana passado. A casa da família ficava localizada no morro do Esquimó, na praia de Juquehy, em São Sebastião.

“Eu pensei que minha filha ia morrer. Quando eu cheguei no meu quarto, o piso tinha descido, caído na cama dela e as paredes começaram a rachar. Eu entrei em desespero”, afirmou Rosimeire. Ela e o marido, Vicente de Paula da Silva, 37 anos, têm cinco filhos com idade entre 9 e 18 anos, dois meninos e três meninas. O sexto filho do casal é um menino e deve nascer em março.

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O sobrado, de três quartos, dois banheiros, uma sala e uma cozinha, era suficiente para abrigar a família Aguiar da Silva, que, embora soubesse dos riscos de comprar a casa no pé do morro, conquistou o sonho da casa própria.

A família vivia de aluguel na casa fazia cinco anos e conseguiu comprar o imóvel há poucos meses. “A gente investiu tudo o que tinha nessa casa, e agora ficamos sem nada de novo. Tínhamos tudo, era a nossa casa”, lamentou a mulher.

A criança foi salva por um vizinho da família, chamado Luís Rodrigues, que escutou um estrondo seguido por alguns gritos que pediam socorro. Quando ele chegou, não conseguiu entrar no quarto onde a criança estava, devido aos escombros que prendiam a porta. Foi necessário quebrar a entrada — e, durante a tentativa de chegar à menina, Luís lembra que “ela gritava muito pedindo socorro e ajuda”, e ele ficou muito preocupado.

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Uma pedra estava em cima da criança, e foi necessário um mutirão para tirá-la dos escombros. “Foi uma cena de terror. Era muito entulho em cima da criança, muita lama”, relatou o vizinho. 

Refúgio

Após perder a casa, a família está usando temporariamente o imóvel de um conhecido que mora em São Paulo e estava com a residência vazia no litoral.

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A família tenta superar o trauma, o que ainda levará tempo para ocorrer. Rosimeire conta que a menina não quer mais ficar em casa quando chove. “Agora ela não pode ver chuva que não quer ficar dentro de casa, prefere ficar na parte de fora”, diz.

Após o acidente, a mãe da menina afirmou que a criança está muito assustada e não quer mais dormir, com medo de que tudo se repita.

Chuvas no litoral norte

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O temporal que caiu no sábado (18) e no domingo (19) foi o maior registrado na história do Brasil. O acumulado foi de 626 mm em São Sebastião, quando o esperado era de 250 mm. A chuva provocou ao menos 57 mortes e deixou dezenas de desaparecidos, 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados na região.

*Estagiárias do R7, sob supervisão de Márcio Pinho

Veja imagens de animais que foram resgatados após as chuvas em São Sebastião

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