Tecnologia
Anatel quer ser órgão regulador da PL das Fake News; deputados têm ressalvas
Publicado
3 semanas atrásdia:
Por
Grajaú News
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está trabalhando junto ao Congresso para convencer que possui as capacidades necessárias para regular as redes sociais e supervisionar as empresas de tecnologia de grande porte, conhecidas como “big techs”. A agência tem feito lobby e propôs a criação de uma “superintendência de serviços e direitos digitais”, que teria a responsabilidade de combater a disseminação de informações falsas e discursos de ódio e antidemocráticos.
Esse movimento da Anatel acontece em meio a uma resistência de alguns parlamentares em relação à definição de um órgão responsável por fiscalizar a moderação de conteúdo no projeto de lei das Fake News.
Segundo a Folha S. de Paulo a Anatel está usando uma apresentação para tentar convencer parlamentares e pessoas do setor de que a agência é a escolha certa para regular as atividades do ecossistema digital.
A apresentação inclui uma proposta de organograma para a nova superintendência que seria criada para essa finalidade. A Anatel afirmou que desde 2019 contratou consultorias para atualizar o plano estratégico e se reposicionar diante do mercado, e que as consultorias identificaram a necessidade de regulamentação do ecossistema digital. Embora o relator do projeto tenha inicialmente deixado de fora a menção à possibilidade de criação de uma entidade autônoma de supervisão, ele passou a defender a Anatel como o caminho mais seguro para desempenhar a tarefa, apesar de não ser sua escolha ideal.
A agência está tentando convencer os deputados de que pode supervisionar as plataformas e a apresentação distribuída aos parlamentares indica que as atribuições relacionadas ao regramento das informações transmitidas pelas plataformas podem ser organicamente absorvidas pelo organograma da agência.
A Anatel afirma que não precisaria de grandes investimentos para esse novo propósito
A Anatel afirmou que não precisaria de novas contratações para desempenhar a tarefa proposta, apenas precisaria preencher um déficit de 402 funcionários em sua equipe. Embora ainda não tenha recebido formalmente essa atribuição, a agência informou que já está elaborando um concurso para essa área específica.
De acordo com o organograma proposto, uma nova “superintendência de serviços e direitos digitais” seria criada para promover a liberdade de expressão e combater a desinformação, discursos de ódio e antidemocráticos. Essa superintendência teria três gerências: a de liberdade de expressão e acesso à informação, a de responsabilidade social das plataformas e a de transparência algorítmica.
A Anatel enfatizou que as novas competências têm como foco o usuário das plataformas digitais, visando empoderar a sociedade no uso dessas ferramentas para garantir direitos fundamentais, educação para o consumo e proteção contra arbitrariedades.
No entanto, o lobby da Anatel tem enfrentado resistência tanto das bancadas parlamentares quanto das plataformas, por motivos diferentes. No caso dos parlamentares, a agência tem uma imagem ruim em relação à fiscalização dos serviços prestados pelas operadoras de telecomunicações, o que pesa contra ela.
Apesar da ressalva os há parlamentares que acreditam a ideia da Anatel seria uma boa opção
Sob condição de sigilo, eles argumentam que, se a Anatel já recebe queixas por não desempenhar adequadamente suas atuais funções, será difícil para ela lidar com a regulamentação das plataformas digitais ao mesmo tempo.
No setor, há duas opiniões: por um lado, há preocupação com um conflito de interesses, já que a agência também regula empresas provedoras de internet.
Por outro lado, alguns acreditam que é melhor ter uma entidade reguladora estabelecida do que deixar um vácuo e que as grandes empresas de tecnologia têm estrutura suficiente para desenvolver uma boa relação e influência com a agência reguladora.
Para plataformas como o Google a falta dessa definição é o grande problema do PL
Antes do adiamento da votação do PL das Fake News, em 28 de abril, o diretor da Google no Brasil, Marcelo Lacerda, concedeu uma entrevista à Folha. Na ocasião, ele expressou a opinião de que um texto vago seria mais suscetível à influência do governo e defendeu a importância de uma definição clara e de uma autoridade reguladora baseada em princípios como independência, conhecimento técnico e transparência judicial. Ele também ressaltou a importância da participação do setor na definição das políticas de supervisão, embora não tenha mencionado especificamente a Anatel.
“O que a gente precisa é uma definição, uma autoridade baseada em alguns princípios, de independência, de conhecimento técnico, de estar sob escrutínio judicial e de ter participação do setor”.
As partes envolvidas expressam uma preocupação adicional sobre a possível influência do governo na decisão de retirar conteúdo, enquanto a sociedade civil e segmentos da esquerda criticam a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por ser suscetível à influência de grandes conglomerados. Laura Moraes, diretora de campanhas da Avaaz, afirma que a Anatel não tem desempenhado bem suas funções e precisa passar por mudanças sérias, como trabalhar em estreita colaboração com o Comitê Gestor da Internet (CGI) e criar mais mecanismos de transparência e participação da sociedade civil, além de defender a liberdade de expressão e a democracia.
O que diz a entidade
A Anatel, por sua vez, declarou que o novo concurso seria para contratar profissionais com perfil complementar ao atual e que há uma tendência internacional para os reguladores de telecomunicações incorporarem as competências para disciplinar os mercados digitais. A agência também propõe usar seu serviço de atendimento ao consumidor para questões relacionadas à regulamentação das redes.
Embora o lobby da Anatel para angariar novas atribuições tenha se intensificado recentemente, ele começou antes mesmo das discussões sobre o PL das Fake News retornarem. O presidente da agência, Carlos Baigorri, passou a defender publicamente a expansão da operação após um projeto apresentado no final do ano passado pelo deputado João Maia (PL-RN) tentar ampliar as atribuições da agência.
Siga o portal Grajaú News no Google Notícias e no Canal do Telegram.
#grajaunews @grajaunews #grajau #saopaulo

Potencial esportivo do Litoral Norte integra cenário natural e estrutura das cidades

Várias atividades no Sesc Santo Amaro no ‘Dia do Desafio’

CPI das apostas faz audiência sobre Operação Penalidade Máxima nesta 3ª feira

Influenciador digital perde a vida em incidente violento em João Pessoa

Anatel se prepara para ampliar acesso de banda larga no Brasil

Escola de samba da Zona Sul de SP entrega 200 cestas básicas para comunidade no Grajaú

CCR vai administrar linhas da CPTM que atendem Osasco, Barueri, Grajaú e região

Avó e neta são mortas a facadas dentro de casa na zona sul de SP

Muçulmanos distribuirão cerca de mil cestas básicas, em São Paulo

SP: Poupatempo reabre neste sábado para atendimentos presenciais

Mulher almoça no carro com galo de estimação

Ao lado de um cemitério, biblioteca transforma vida de moradores de Parelheiros em SP

Violeiros do Moda de Rock se apresentam em São Paulo

Virada Cultural em São Paulo terá CPTM e Metrô 24 horas

#Matriarcas: Mãe de 08 filhos e vó de uma quebrada inteira, Cidona “samba” sobre os perrengues
