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Bairros

76% dos paulistanos consideram o bairro onde moram pouco ou nada seguro, diz pesquisa

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Situações que deixa de fazer por medo da violência ou falta de segurança — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

Levantamento da Rede Nossa SP e Ibope Inteligência ouviu 800 moradores com mais de 16 anos.

Pesquisa realizada pela Rede Nossa SP, em parceria com o Ibope Inteligência, aponta que 76% dos moradores da cidade de São Paulo não se sentem seguros nos bairros em que vivem. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (4), indicam que 21% consideram o local seguro e 2%, muito seguro.

Para o levantamento foram ouvidos 800 moradores da capital, com mais de 16 anos de idade, entre os dias 3 e 23 de abril. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados totais.

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A percepção de que o bairro onde mora é seguro é maior entre os moradores do Centro (33%) e da Zona Oeste (44%). Dos que acham sua vizinhança pouco ou nada seguras, 79% vivem na Zona Leste, e 78% nas zonas Sul e Norte.

Os que dizem que o bairro onde mora é nada seguro são os que mais mencionam ter acontecido, com ele ou alguém do domicílio, alguma situação de violência no último ano. Ao todo, 53% das residências têm uma ou mais pessoas vítimas de alguma situação de violência no último ano.

  • Roubo ou furto: 41% dos entrevistados disseram ter sido vítimas
  • Preconceito ou discriminação: 29% dos entrevistados disseram ter sofrido
  • Agressão física (tapa, soco, pontapé, etc.): 17% dos entrevistados disseram ter sofrido
  • Assédio sexual: 17% dos entrevistados disseram ter sofrido

As ocorrências de roubo ou furto são maiores nas zonas Norte e Sul. As declarações de preconceito ou discriminação acontecem mais na Zona Sul. Moradores do Centro reclamam mais de agressões físicas e assédio sexual.

A percepção de violência influencia também nas atividades que os entrevistados deixaram de fazer na cidade por medo ou falta de segurança.

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  • 47% dos entrevistados afirmaram deixar de andar a pé durante a noite
  • 43% dos entrevistaram afirmaram deixar de sair à noite
  • 41% afirmaram deixar de andar com dinheiro
  • 32% afirmaram deixar de circular por alguns bairros ou ruas da cidade
  • 28% afirmaram deixar de frequentar eventos públicos como Virada Cultural, carnaval de rua, festas populares (Junina, Achiropita, São Vito)

A pesquisa aponta que a sensação de insegurança na cidade e no bairro onde moram está “totalmente atrelada” à experiência individual do entrevistado em situações de violência.

A pesquisa identifica que cerca de 2,3 milhões de residências (metade dos domicílios da cidade) têm algum morador vítima de ao menos uma das situações testadas no estudo.

Veja abaixo outros índices da pesquisa

Mais da metade dos entrevistados avalia negativamente a atuação da administração municipal na área da Segurança Pública

  • Ruim/péssima: 56%
  • Regular: 31%
  • Ótima/boa: 11%
  • Não respondeu/não sabe: 3%

Crítica em relação à atuação da administração municipal na área da Segurança Pública

  • Ruim/péssima: 56%
  • Regular: 31%
  • Ótima/boa: 11%
  • Não respondeu/não sabe: 3%

Avaliação da atuação da administração municipal na área da Segurança Pública Destaques por segmento

  • Ótima/boa para 11% dos entrevistados, sendo 15% entre os jovens de 16 a 24 anos
  • Regular para 31% dos entrevistados, sendo 45% entre adultos de 45 a 54 anos e 36% para classe B
  • Ruim/péssima para 56% dos entrevistados, sendo 62% entre adultos acima de 55 anos, 60% para mulheres e 61% para a população entre 2 e 5 salários mínimos

Cerca de ¾ dos entrevistados têm a percepção de que a violência vem crescendo no último ano

  • Vem crescendo: 76%
  • Não cresceu, é sempre a mesma: 19%
  • Diminuiu na cidade de SP: 4%
  • Não respondeu/não sabe: 1%

Moradores da Zona Leste são os que mais têm a percepção que a violência tem crescido. Entre os moradores desta região, 81% apontaram o aumento e 13% acreditam que a violência é a mesma.

Entre as mulheres, 83% acreditam no crescimento da violência; 82% dos adultos entre 45 e 54 anos 83% acreditam no crescimento da violência; 80% dos que recebem até dois salários mínimos 83% acreditam no crescimento da violência e 80% da Classe C 83% acredita no crescimento da violência.

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Opinião sobre a violência na cidade de São Paulo — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

Opinião sobre a violência na cidade de São Paulo — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

Vivência de situações de violência

  • 53% dos domicílios têm uma ou mais pessoas vítima de alguma das situações de violência no último ano
  • Roubo ou furto: 41% dos entrevistados disseram ter sido vítimas
  • Preconceito ou discriminação: 29% dos entrevistados disseram ter sofrido
  • Agressão física (tapa, soco, pontapé, etc.): 17% dos entrevistados afirmaram ter sofrido
  • Assédio sexual: 17% dos entrevistados afirmaram ter sofrido
Situações de violência vivenciadas pelos entrevistados ou por alguém de seu domicílio — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

Situações de violência vivenciadas pelos entrevistados ou por alguém de seu domicílio — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

Maioria dos paulistanos considera o bairro onde mora pouco ou nada seguro para viver

  • Nada seguro: 25%
  • Pouco seguro: 51%
  • Seguro: 21%
  • Muito seguro: 2%

Maior parte dos paulistanos não sofreu qualquer tipo de agressão física ou verbal de algum policial militar no último ano

  • Não, ninguém sofreu agressão de algum policial: 86%
  • Sim, o próprio entrevistado: 6%
  • Sim, somente alguém do domicilio: 4%
  • Sim, o próprio e mais alguém do domicilio: 2%
  • Não respondeu/não sabe: 2%

Os jovens são os que mais mencionam ter sofrido algum tipo de agressão física ou verbal de policiais militares. As declarações também são maiores entre os moradores do Centro e menores entre os moradores da Zona Oeste.

Mais de 7 em cada 10 entrevistados são a favor da prisão perpétua e da redução da maioridade penal

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  • 78% são a favor da prisão perpétua para crimes hediondos
  • 75% são a favor da redução da maioridade penal
  • Pena de morte: 46% a favor e 46% contra

Cerca de 7 em cada 10 paulistanos são contra o porte de arma e pouco mais de ⅔ é contra a flexibilização da posse de armas de fogo

  • 73% são contra o porte de arma de fogo, ou seja, a autorização para que o cidadão carregue a arma consigo no seu dia a dia
  • 68% são contra a flexibilização da posse de armas de fogo, ou seja, facilitar os critérios que o cidadão deve cumprir para conseguir a autorização de possuir uma arma de fogo dentro de casa ou no trabalho.
A favorabilidade à flexibilização da posse de arma de fogo é maior na região central e menor na região Sul — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

A favorabilidade à flexibilização da posse de arma de fogo é maior na região central e menor na região Sul — Foto: Divulgação/Rede Nossa SP

Perfil dos entrevistados

  • Sexo: 54% mulheres e 46% homens;
  • Escolaridade: 28% concluíram o ensino fundamental; 39% concluíram o ensino médio e 33% concluíram o ensino superior;
  • Faixa etária: 16% entre 16 e 24 anos; 20% entre 25 e 34 anos; 20% entre 35 e 44 anos; 16% entre 45 e 54 anos; 28% acima dos 55 anos
  • Religião: 41% católicos; 24% ateus, sem religião ou não responderam; 22% evangélicos ou protestantes; 13% outras religiões
  • Renda Familiar: 40% até 2 salários mínimos; 33% de 2 a 5 salários mínimos; 27% mais de 5 salários mínimos
  • Raça/Cor: 49% branca; 48% Preta/Parda; 3% outras
  • Região de moradia: 35% morados da Zona Leste; 31% moradores da Zona Sul; 20% moradores da zona Norte; 10% moradores da Zona Oeste; 4% moradores do Centro

Fonte: G1

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